SONHO ERRANTE
SONHO ERRANTE
Joyce Sameitat
Névoa espessa que mais se adensa;
Embora a chuva esteja tentando limpar...
Olho para esta paisagem tão cinzenta;
Que pelo jeito vai pela noite adentrar...
Penetro nestas gotas cheias de neblina;
Procurando ao sol um pouco descortinar...
Pois sei que está brilhando lá em cima;
E minh'alma subiu alto para nele brincar...
Piso por sobre este mar lacrimejante;
E percebo-me como que a escorregar...
Num manto de pequeninos diamantes;
Que na terra só fazem respingar...
E como sou um sonho tão errante;
Nem sei se vale a pena acordar...
SP - Novembro 2013