RENASCER...

As folhas amarelas do arvoredo

Finadas, pelos ares, almas leves,

Espalham-se tão tristes, voam breves;

Perdidas vão à morte em voos tão ledos!

Olhando-as em seus voos, suaves, puros,

Suspiro na minh’alma uma tristeza.

Mas, vejo que até na morte há beleza;

A morte destas folhas? Linda! Juro!...

Quem sabe olhando as folhas ressequidas,

Amareladas, mortas, sem ter vidas,

Descendo pelas vagas d’uma sorte,

Eu, sem temer o voo final à cova,

Quais folhas que se vão ganho alma nova,

Pois, tudo, sim, renasce após a morte!

Arão Filho

São Luís-MA, 06/11/2013