AMANTES

Era neles o amor
de uma ternura tanta,
que nem a santa
reparou no despudor.

A música que se ouvia
era obra de anjos,
sedutores arranjos,
sublime fantasia.

O cheiro dos amantes
beirava o profano.
Tudo muito humano.

A manhã veio antes
de qualquer cansaço.
Da eternidade, um passo.

 
Nelson Eduardo Klafke
Enviado por Nelson Eduardo Klafke em 06/11/2013
Reeditado em 06/11/2013
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