Sepulcro das Paixões
Com aflição na aresta do meu coração
Repasso a fantasia que nunca realizarei
Carinhosa a quimera que despertarei
Proibida nas armas da consumisão.
Mas a idolatria, sendo amor, é trapaceira
Doma a fera que há no peito do amante
Mata e consome a existência errante
Da aparição da mais formosa guerreira.
E na minha pugna contra todos e o mal
Enraizado no âmago do poeta insurgente
Nos versos a minar o coração anormal.
Vai ceifando a pessoa tão presente
E o que sobra da paixão vil e irreal
Só a dor que é a sepultura demente.
Herr Doktor