Sobrepuja.

Esta poesia eu te sirvo a dorê,

Pode crer, é pra ti a dita cuja,

Não é suja, deixa transparecer,

O que, a meu ver, sobrepuja.

E haja verso pra te convencer

Há um porque abafado na tuja

Lê, não fuja, é tudo pra te entreter,

Mas se quiser passa nela a esponja.

A lisonja, quem sabe, ajeite o verso

Tão perverso, que esteja fazendo mal,

Lê o normal, o outro deixa imerso,

É malverso joga lá no quintal.

Menos mal, pois a rima ainda escorre

E morre e nasce um soneto ao final.

JRPalácio

JRPalacio
Enviado por JRPalacio em 05/11/2013
Reeditado em 31/08/2015
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