Sobrepuja.
Esta poesia eu te sirvo a dorê,
Pode crer, é pra ti a dita cuja,
Não é suja, deixa transparecer,
O que, a meu ver, sobrepuja.
E haja verso pra te convencer
Há um porque abafado na tuja
Lê, não fuja, é tudo pra te entreter,
Mas se quiser passa nela a esponja.
A lisonja, quem sabe, ajeite o verso
Tão perverso, que esteja fazendo mal,
Lê o normal, o outro deixa imerso,
É malverso joga lá no quintal.
Menos mal, pois a rima ainda escorre
E morre e nasce um soneto ao final.
JRPalácio