DEUS E EU

Minhas mãos nada dizem

assim soltas no vento.

Meus olhos brilham

por dentro.

Escondo vontades infantis

crenças inválidas

desejos tolos

sonhos desfeitos.

Olho e vejo-me outra.

Por fora diferente e dentro

os mesmos desejos.

Não aceito esta realidade bruta!

Fecho os olhos e oro. Assim,

reencontro o que perdi. Dentro de mim.

Deus e eu. O infinito e o fim.