AINDA QUE...

AINDA QUE...

Silva Filho

Ainda que me tenhas por quimera

Sou um simples mortal de carne e osso

Sintetizando a vida num escorço

Tal qual se vê olhando da janela!

A poesia sim – é um colosso!

Como condão que não cabe numa tela

As suas cores não estão na aquarela

Pois aquarela é somente o seu esboço.

Há um poder verbal na poesia

Levando o poeta ao mundo da magia

Sabendo que no verso o EU não se revela!

Queda-se o poeta como mensageiro

Levando o acalento a cada viageiro

Razão de a vida se fazer tão bela!