SERENAMENTE
À noite embaixo do clarão da lua
Eu ouço distante a doce e velha cantiga
Semeando a música na calada da rua
Trazendo na saudade a seresta antiga.
Meu coração palpita dolentemente,
Enquanto meus lábios soletram baixinho
As letras da canção (muito divinamente)
Trazendo uma saudade cheia de carinho.
Saudade mansa que ainda me embala
Deixando comigo esse rosário que desfio
Na minha calma rezo e minha voz não cala.
Jogo de lado todo esse meu jeito chorão;
Entrego minha alma a Deus em que confio
Para na hora certa descansar meu coração.
DIONÉA FRAGOSO