AOS QUE RIEM DE MIM

Tenho pena de mim, e que mais pena

Tenho ainda dos outros ordinários,

Por em palavras vis dos dicionários

Ou que me versam de humilhante cena;

Não terem a visão certa e serena,

Bem como os pensamentos mais sumários

De ideias boas, mas assim otários,

Julgam-se grandes duma voz pequena.

Rogo ao meu Deus que sejam perdoados,

Por não terem assim mentalidade

E serem já uns pobres desgraçados!

Aos tolos que lhes venha mais vaidade,

Não se esqueçam de serem bem mudados

Os neurônios da mona da inverdade.

Ângelo Augusto

Ângelo Augusto
Enviado por Ângelo Augusto em 03/11/2013
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