Soneto ao desconhecido

Viver o belo presente instante
Sem se preocupar com o futuro
Singrando destemido qual viajante
Diante do incerto amanhã escuro
 
Ainda que glorioso irradie brilhante
E o ontem vivido foi acaso bem duro
Mesmo almejado e de fato instigante
Sempre desconhecido será o futuro
 
O amanhã começa hoje ainda que incerto
Temer o porvir levado pelos minutos certos
É asfixiar a esperança diante do inseguro
 
Ainda que vagaroso me venha este dia
Fazendo-me sentir a fé e a vida mais fria
Com esperanças almejo o desconhecido futuro

Belo Horizonte - 02-Nov-2013