LABIRINTOS
Tantas vezes tento buscar o que é mais justo
Para trazer junto ao papel, que é o fim de tudo,
E passo longe, caio no escuro, que até assusto,
E volto como Ariadne pelo fio que é mudo.
Nessa hora recomposta, doce gosto é o absinto,
Tudo aquilo que foi guardado em todo corpo,
De imediato para o interior do labirinto,
É a direção e o caminho por seguir (e não há outro,)
E na emoção do afã à descoberta iminente,
Nada há nas mãos, ficou lá atrás criativo fio,
Que serviria caso seguisse diferente,
O caminho iluminado à luz do pavio
Que à visão mostrava parcos metros à frente;
E ao outro passo, faz-se um clarão, e a luz se viu.