Soneto 16: Morte

Cortarei os meus pulsos num ritual

Um rito “sacrofano” para ser o fim

Farei uma cerimônia com um triste final

E o mestre de cerimônia se calará enfim

.

Darei cabo a minha vida num rito fatal

Mesmo sozinho nesse pequeno jardim

Mostrarei os dentes e um grito fenomenal

Dormirei eternamente, eternamente sim

.

Cortarei os pulsos e cerrarei os olhos

Em minha mente tudo já está bem planejado

Cortarei os vínculos com o meu passado

.

Nada mais eu verei com os meus olhos

Eu perdi o grito na garganta, ele está sufocado

Silenciei-me e sufoquei, pra sempre abafado.

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Paulo Siuves
Enviado por Paulo Siuves em 01/11/2013
Reeditado em 02/11/2013
Código do texto: T4552229
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