A Loba
Por vezes te sinto, quando me miras atenta
A cada um dos detalhes que penso, que faço,
Como uma loba a aguardar o momento, sedenta
De se saciar, de subjugar-me em teus braços.
Teus olhos me olham fixos, parados, frios,
No aguardo do momento exato para o lance,
Em que me surpreenderás como loba no cio,
E me subjugarás sem sequer me dar chance.
E te atiras diretamente a minha jugular
Com tuas presas afiadas a me conterem,
Unhas cravadas em minhas costas a rasgar.
E mesmo sugerindo momentos violentos,
Em que digladiamos, feras que se ferem,
Somos doces amantes, mutuamente sedentos.
Por vezes te sinto, quando me miras atenta
A cada um dos detalhes que penso, que faço,
Como uma loba a aguardar o momento, sedenta
De se saciar, de subjugar-me em teus braços.
Teus olhos me olham fixos, parados, frios,
No aguardo do momento exato para o lance,
Em que me surpreenderás como loba no cio,
E me subjugarás sem sequer me dar chance.
E te atiras diretamente a minha jugular
Com tuas presas afiadas a me conterem,
Unhas cravadas em minhas costas a rasgar.
E mesmo sugerindo momentos violentos,
Em que digladiamos, feras que se ferem,
Somos doces amantes, mutuamente sedentos.