Soneto do sonho despedaçado
Sonhos despedaçados, levados ao vento
Estilhaços de um coração vivo outrora
Rompantes de delírios a todo momento
Sentimentos que se vão a aurora
Meus olhos que brindavam alegria
Tão mortos hoje, lamentam viver
E a lúcida dor, imensa agonia
Que não me permite desfalecer
Ao primeiro raio da fantasiosa lua
Hei de prosseguir minha jornada
Procurando em outras a boca tua
Que em meu âmago a verdade sei
Como passarinhos em eterna revoada
Outro amor jamais conhecerei