Vencendo o cansaço
Já conheço bem essa estrada,
Sei que não vai dar em nada.
A ponte de madeira que atravesso
É apenas os versos nos seus inversos.
Decorei onde ficam as pedras e curvas
As sombras das árvores e cachos de uva.
Já não há tantos segredos a desvendar
E nem tantas equações pra calcular.
Não adiante sofrer,
Eu mereço cada facada dos dias
Que me fazem morrer.
Depois renasço.
Sou de Minas, sou minério.
Um ancião menino vencendo o cansaço.