AMANHÃ...
Sei que amanhã se abrirão as flores,
Olentes e lindas, como normalmente
E borboletas, com suas asas multicores,
Hão de bailar por elas incessantemente.
A brisa trará aromas e frescores;
O vento soprará a relva docemente;
Casais apaixonados jurarão amores;
E o sol, no céu azul, virá resplandecente.
Pássaros farão os ninhos nas galhadas;
Estrelas rasgarão o céu nas madrugadas
E a vida, enfim, o seu curso há de seguir.
Mas, por causa deste teu adeus tão malfadado,
Eu te pergunto, com o coração estraçalhado:
E eu? O que farei nos dias que hão de vir?