QUANDO CHORARES. soneto-469.
Quando lembrares o amor que desprezaste,
Irás sentir dentro do peito a mesma dor,
Que eu já senti quando negastes esse amor,
Aquela angústia que a meu peito causaste.
As longas noites que chorei a falta tua,
Nenhuma delas te sairá dos pensamentos,
A ti virão como um consolo dos tormentos,
E se pranteares pode crer a culpa é sua.
Era tão lindo esse amor que te ofertei,
De meu orgulho e ignominia me despojei,
De prole nobre figurei-me em plebeu.
Mas de que serve dar amor sem receber,
Em pouco tempo tal amor tende a morrer,
E mais depressa que quando ele nasceu.
Cosme B Araújo.
30/10/2013.