DE FALSAS JURAS E AMORES

Eu que venho de lonjuras

De falsas juras e amores

Do meio de detratores

Movido pelas agruras.

Eu que já venho perdido

Desiludido e atônito

Entre estuações de vômito

Com todo o corpo ferido.

Estou demais abatido

Como quem chora seu morto

Não acho nenhum conforto

Neste poema escarlate

Escuna amarrada à parte

No mourão de um velho porto.

Enzo Carlo Barrocco
Enviado por Enzo Carlo Barrocco em 30/10/2013
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