DE FALSAS JURAS E AMORES
Eu que venho de lonjuras
De falsas juras e amores
Do meio de detratores
Movido pelas agruras.
Eu que já venho perdido
Desiludido e atônito
Entre estuações de vômito
Com todo o corpo ferido.
Estou demais abatido
Como quem chora seu morto
Não acho nenhum conforto
Neste poema escarlate
Escuna amarrada à parte
No mourão de um velho porto.