A PENA DE AMOR

Dias os meus, vontade má da vida,

Por sonhado sem tanto a ter pensar

Se assim dor eu melhor viver ferida,

Quero não porque eu te demais amar.

A esperança jamais minha perdida,

Dificuldades sempre eu mais levar,

No pranto assim meu, alma de sofrida

Que ainda um dia vou eu encontrar.

Nos males grandes meus remédios deito,

Para mais doença ser não contagiosa

Do amor destino meu a que rejeito.

Ventura a fé se por mais religiosa

Dano amor de maior causar desfeito,

Já não virtude a sobra de gloriosa.

Ângelo Augusto
Enviado por Ângelo Augusto em 30/10/2013
Reeditado em 30/10/2013
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