Confissões (54)
Edir Pina de Barros
Pois bem! Não há o que fazer, depois de tudo,
apenas o silêncio há de falar por nós,
(perdi qualquer desejo, desde a fonte, foz,
meu coração dormita, está tristonho e mudo).
Estou tão desarmada, sem qualquer escudo,
até tentei falar, mas não me veio a voz,
reconheci em ti o meu maior algoz,
por trás de teus carinhos, beijos de veludo.
Quebraram-se os encantos, sonhos, fantasias,
restando só vazios dentro d’alma gris,
perdida nos umbrais dos mais tristonhos dias.
Pois é! Eu não consigo, não, ser boa atriz!
Falem por mim meus versos, minhas poesias,
o meu viver sem paz e a vida por um triz.
Edir Pina de Barros
Pois bem! Não há o que fazer, depois de tudo,
apenas o silêncio há de falar por nós,
(perdi qualquer desejo, desde a fonte, foz,
meu coração dormita, está tristonho e mudo).
Estou tão desarmada, sem qualquer escudo,
até tentei falar, mas não me veio a voz,
reconheci em ti o meu maior algoz,
por trás de teus carinhos, beijos de veludo.
Quebraram-se os encantos, sonhos, fantasias,
restando só vazios dentro d’alma gris,
perdida nos umbrais dos mais tristonhos dias.
Pois é! Eu não consigo, não, ser boa atriz!
Falem por mim meus versos, minhas poesias,
o meu viver sem paz e a vida por um triz.