SÓ...

(do livro: BREVIÁRIO)

Passo a passo sigo minha estrada,

Uma estrada triste e solitária.

E por essa trilha imaginária

Sinto o frio solífugo assombrada.* (triste, sombrio)

Pouco a pouco vejo malograda

A ilusão, que embala solidária

Minh’alma, noutrora mercenária

Do teu amor, já desesperada.

Em solilóquio como ermitã,

Com minha sombra por companhia,

Na solitude alegria vã.

Gasto meus dias nesta agonia,

Esperando o fim cada manhã.

Só... Um coração bate à porfia...

Maria do Céo Corrêa
Enviado por Maria do Céo Corrêa em 28/10/2013
Reeditado em 30/11/2014
Código do texto: T4544996
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