SÓ
SÓ...
(do livro: BREVIÁRIO)
Passo a passo sigo minha estrada,
Uma estrada triste e solitária.
E por essa trilha imaginária
Sinto o frio solífugo assombrada.* (triste, sombrio)
Pouco a pouco vejo malograda
A ilusão, que embala solidária
Minh’alma, noutrora mercenária
Do teu amor, já desesperada.
Em solilóquio como ermitã,
Com minha sombra por companhia,
Na solitude alegria vã.
Gasto meus dias nesta agonia,
Esperando o fim cada manhã.
Só... Um coração bate à porfia...