O DESMERECIMENTO
Senhora de olhos belos e atraente,
Que meu peito pulava só de vê-los,
Mas perdi-me de vãos e vis novelos
E assim ficou a mágoa eternamente...
Agora choro em não mais merecê-los,
Assim já não me fiz de boa gente,
E o que me estava contra certamente,
Não perdoou por não usar de zelos.
Mas se do vosso largo bem e gesto
Eu ainda assim tiver merecimento,
Amarei vosso apreço tão honesto!
A lembrança não tem esquecimento,
Mas mais me perdoai se não contesto,
Pois, só posso sofrer do meu lamento.
Ângelo Augusto