O DESMERECIMENTO

Senhora de olhos belos e atraente,

Que meu peito pulava só de vê-los,

Mas perdi-me de vãos e vis novelos

E assim ficou a mágoa eternamente...

Agora choro em não mais merecê-los,

Assim já não me fiz de boa gente,

E o que me estava contra certamente,

Não perdoou por não usar de zelos.

Mas se do vosso largo bem e gesto

Eu ainda assim tiver merecimento,

Amarei vosso apreço tão honesto!

A lembrança não tem esquecimento,

Mas mais me perdoai se não contesto,

Pois, só posso sofrer do meu lamento.

Ângelo Augusto

Ângelo Augusto
Enviado por Ângelo Augusto em 27/10/2013
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