AS VIRGENS E O MAR

Duas coisas agora me intrigam:

Uma delas: poesia, outra, o mar.

Pois este me chamou pra conversar,

Deu-me de beber, mostrou-me as virgens:

Botões que medram em ondas como flores

E o que o orvalho beija nos jardins

Quando se prenunciam os albores...

Mas a poesia veio até mim

E disse-me com garbo e com ternura:

Tu vais na tua casa e me escreve,

Sou eu que tudo vês nessa aventura.

Deixei então o mar aqui em frente

E ouvindo as palavras doces, breves...

Eu fiz este soneto levemente.

Geraldo Altoé
Enviado por Geraldo Altoé em 27/10/2013
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