AS VIRGENS E O MAR
Duas coisas agora me intrigam:
Uma delas: poesia, outra, o mar.
Pois este me chamou pra conversar,
Deu-me de beber, mostrou-me as virgens:
Botões que medram em ondas como flores
E o que o orvalho beija nos jardins
Quando se prenunciam os albores...
Mas a poesia veio até mim
E disse-me com garbo e com ternura:
Tu vais na tua casa e me escreve,
Sou eu que tudo vês nessa aventura.
Deixei então o mar aqui em frente
E ouvindo as palavras doces, breves...
Eu fiz este soneto levemente.