VÉNUS E O BACO
De olhar nefasto e cristalina pele,
A Vénus conduzia o louco Baco,
Que lá na hora fumava o vil tabaco
E em vinho atordoava os lábios dele.
E em seu rosto alegria feita em caco,
E em covil sedutor estava ele,
A armar a tempestade num barraco,
Por Vénus nem sequer um bem lhe zele.
Assim de sedutora lhe dizia:
Ó meu querido amor eterno e forte,
Já mataste os meus lusos lá do norte?
Ele assim respondeu de hipocrisia:
Ó minha cabra dos confins dos mares,
Vai pro caralho e pára de gozares!
Ângelo Augusto