INSEGURANÇA

Talvez tudo seja pura fantasia.
Talvez não existas. Sigo o dia
espiando a vida por trás da vidraça
feito menino de infância sem graça.

Luares se sucedem em canções
presumíveis, e eu!? Eu, senões,
duvidando de mim, de ti, de nós,
de qualquer coisa que venha após

nosso último encontro. Nem chego
ao que já vivemos. O aconchego
das noites em nada me consola.

Permaneço dúvida, sou assim
desertos, o mínimo que há em mim.
Só contigo me imagino dono da bola.

 
Nelson Eduardo Klafke
Enviado por Nelson Eduardo Klafke em 26/10/2013
Reeditado em 19/02/2014
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