DA DOR

Das loucuras que vão
na minha cabeça,
te digo: esqueça.
Nem mesmo perdão

merecem: são frutos
de outras loucuras,
plantadas em redutos
prontos a outras futuras

demências. Me refugio
no silêncio. Protegido,
renego a dor que crio.

De ti me aproximo
intimidado, redimido,
mas da dor não me eximo.

 
Nelson Eduardo Klafke
Enviado por Nelson Eduardo Klafke em 26/10/2013
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