O AMOR
Vivia eu no império do amor
E sempre o avistava em fechaduras...
Furavam os meus olhos o temor
Dos sentimentos doces da loucura...
Amar é ser apenas o vidente,
É ser de um abraço a procura,
Quem ama não se vê como o inocente
Que se embrenhou nas garras de uma jura...
O amor fere, o amor quando ausente
É um veneno cheio de encanto
Que em lágrimas o vemos inocente,
É um sonho o amor, é uma loucura
Em que nos entregamos de repente.
O amor é o desespero da ternura.