Temperança
Temperança
(Soneto Alexandrino Clássico)
A regra é basilar, para alcançar a graça!
Longe dela o talento, apodrece em desgraça.
O Poeta é um Homem livre, é um ser aventureiro!
Mas tem de dominar, a regra e o cativeiro.
O Homem que busca o Génio, e a luz da suma taça…
Não deve da anarquia, absorver a voz lassa,
Nem subjugar-se à regra e a tirana maneira.
Mas deve respeitá-la, é sábia conselheira!
O alcance da correta, e leve temperança…
Que o ser em si procura, essa ignota bonança;
Talvez seja o mistério e o véu da beatitude!
Sem a sede de a ter, ânsia de a perscrutar;
Sem o ímpeto veemente, espasmo a latejar,
Jamais o Homem irá sorvê-la em plenitude!
André Rodrigues 21/10/2013