MEDOS DOMINANTES
A frieza a morrer no tino austero
E no corpo em bagaço de perfeito
Líquido ardente e atroz no peito aceito
E feito de tristeza em desespero...
Que já de mim em rosto que mais quero
E mais sinto um constante bem a jeito,
Do núcleo da matéria que deleito,
Como sendo um desejo meu sincero!
Da vileza atordoante em sorte assim
Revestida de trechos arrepiantes,
Esperam sempre ver meu próprio fim...
Como remédios são estimulantes,
Dum veneno nocivo só pra mim,
São meus maiores medos dominantes.
Ângelo Augusto