O CONDENADO

Em erros de cobiça o meu pecado

Desesperadamente escravizou

E os mesmos a minha alma eternizou,

Como sendo de um mártir obcecado...

No fruto assim ardente e desejado,

Fiz promessa de amor que se acabou

Lá no inferno nefasto, e que matou

Tudo aquilo que lá fui condenado!

E tudo lá passei de descontente

Figura e amargurado da tortura,

No vil inferno em fogo transcendente;

Que mesmo de verdade não há cura,

A não ser que, por mim forçosamente

Haja um milagre em minha sepultura!

Ângelo Augusto

Ângelo Augusto
Enviado por Ângelo Augusto em 25/10/2013
Código do texto: T4541698
Classificação de conteúdo: seguro