A MINHA MORTE
Já deleitoso e atento estava sendo,
Que do mal fui a vítima sangrenta
E agora a mente nunca mais se esquenta,
Por ter visto o meu corpo assim morrendo.
Assim, eu morto em sepultura rendo
A minha alma do céu em água benta
E do inferno que mais assim me atenta,
Dou por mim a querer voltar vivendo!
Peço a Deus a renúncia em minha morte,
Por ter vivido amor de fraca sorte,
Que em terra tive vida sempre agre.
A clemência divina me comporte,
E nos olhos de Deus esteja forte,
A vontade em me dar vida em milagre!
Autor: Ângelo Augusto