SONETO AO SOBRENATURAL

E o nada parecia tudo,

Que não parecia nada,

Mas que me satisfazia

De forma sobrenatural.

E eu não queria nada

E queria tudo

E vivia mudo,

Num infindo baixo astral.

Mas o meu nada se fez tudo,

Acabou com o mundo,

Foi meu bem, meu mal.

E saiu cidade a fora,

Pois já era a hora,

Da vida, se tornar marginal.

Poemas de Gaveta
Enviado por Poemas de Gaveta em 25/10/2013
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