SONETO AO SOBRENATURAL
E o nada parecia tudo,
Que não parecia nada,
Mas que me satisfazia
De forma sobrenatural.
E eu não queria nada
E queria tudo
E vivia mudo,
Num infindo baixo astral.
Mas o meu nada se fez tudo,
Acabou com o mundo,
Foi meu bem, meu mal.
E saiu cidade a fora,
Pois já era a hora,
Da vida, se tornar marginal.