SAUDADE DERRAMADA
Numa manhã de sol mais vespertino,
Fiquei assim tão cego de esperança
E em tudo da gentil e bela aliança,
Uni-me à esbelta Sóira Celestino!
E em tudo o que com ela tive ensino,
E em tudo na paixão de segurança
Do coração ardente em temperança,
Ela me fez perder razão e tino.
Doce mulher ciumenta dos meus passos,
Quero viver amor com minha amada
E dar-lhe os meus carinhos e os abraços.
Ela é a minha loucura e a minha armada,
Na defesa que preenche os meus espaços
E em amor é a saudade derramada!
Ângelo Augusto