NO FIM DO TÚNEL...
Se me calo diante das tuas palavras,
Se me curvo diante das tuas vontades,
Ouça meu sensível silêncio em lavras,
Sinto, em teus gestos, as verdades.
Não almejo qualquer ludo pedestal,
Ilusória frente ou revés dos idos atos,
Deixei meus saltos e aquela vida letal,
No porão do entressonho, não fatos.
Socorro-me nas boas lembranças,
Teus sorrisos e minha esperança,
De que o novo sol me faça efeito.
Uma singela luz que no céu balança,
Singelo caminho que a mim alcança,
Onde um sombrio passado é desfeito.