Soneto ao Circo de Kishinev

Em meio a teus grandiosos murais descascados

E magníficas estátuas mutiladas,

Quantas interjeições de espanto, gargalhadas

E sorrisos por eles foram presenciados?

Agora jazem todos eles sepultados

Em cada fenda de tuas paredes rachadas;

Ó oco mausoléu de alegrias roubadas,

Que teus corredores não sejam profanados!

Continue, Kishinev, a perseverar;

Algum dia estas portas vão se reabrir

E tua felicidade haverá de voltar.

E neste dia (que certamente há de vir),

Espero também junto a ti reencontrar

Minha própria habilidade de sorrir!

Galaktion Eshmakishvili
Enviado por Galaktion Eshmakishvili em 22/10/2013
Reeditado em 01/06/2020
Código do texto: T4537486
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