Soneto ao Circo de Kishinev
Em meio a teus grandiosos murais descascados
E magníficas estátuas mutiladas,
Quantas interjeições de espanto, gargalhadas
E sorrisos por eles foram presenciados?
Agora jazem todos eles sepultados
Em cada fenda de tuas paredes rachadas;
Ó oco mausoléu de alegrias roubadas,
Que teus corredores não sejam profanados!
Continue, Kishinev, a perseverar;
Algum dia estas portas vão se reabrir
E tua felicidade haverá de voltar.
E neste dia (que certamente há de vir),
Espero também junto a ti reencontrar
Minha própria habilidade de sorrir!