A CASA DO POETA
Onde moras, ó poeta, que não sei
Onde habita a paixão que te domina?
Onde habita a vontade e aquela lei
Que toda a força sempre determina?
Donde procede teu carisma e grei
Que torna ornamentada e peregrina
A poesia que sempre cantarei
No aroma que traz desde menina?
Onde fica a tua Casa, ó poeta,
Que faz em ti crescer alma secreta
Para voar nas asas da mensagem?
São as palavras, sim, são as palavras…
Que te libertam as paixões escravas
Numa aura de perene aprendizagem.
E, se na tua Casa houver dilema,
Quem te chama é a voz doutro poema!
Frassino Machado
In LIRA BEM TEMPERADA