PÁTRIA DO POETA...
Absorto, abstraído em versos
invadiu-me inspirações poéticas
itinerante ilusões, consumia-me,
a mercê da realidade, perdia-me...
fático momento, desprendeu meu ser
onde a carne, já não mais me deleitava,
os delírios substituíam a vida real
deixando-me inerte, gélido como mármore...
despertei então desse sono profundo
entre meus poemas, percebi calado
que o tempo sublime, não havia parado
solitário, agora retorno de meus versos,
alado, regresso ao paraíso dos poetas
meus odes suplicam, a voltar da realidade...
Romulo Marinho