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AUGÚRIO
Do azul dos olhos cor de azul telúrio
Em que voaste pleno de saudade
Uma saudade triste, como augúrio
Destila pela face em liberdade...
Pois penso que teu vôo-passarinho
Tão perdido de fé e d’esperança
Pode manter tu’alma em desalinho
Privando-te a visão de uma bonança...
Se ruírem castelos, o teu riso
Emudece e dispara um aviso
De que eu não voltaria para ti
Enquanto a verdade, com certeza,
É que meu coração inda te preza!
Por tudo que há em mim, não te esqueci!...
23/10/2013
Interação ao soneto de Aarão Filho SEM ESPERANÇA
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