PORRE

Todo homem tem o direito
de um dia tomar um porre,
em homenagem a um namoro desfeito
ou mesmo pela dor de alguém que morre.

Pode ser um porre carregado de saudade
da mulher mais linda que ele conheceu,
ou um porre da mais pura felcidade
por ter se separado de um amor que doeu.

O azar da aposta na bolsa, o emprego
perdido, o carro roubado, a filha
que o esqueceu, o silêncio do degredo.

Não importa o motivo, seja um qualquer
que o faça se sentir isolado numa ilha.
Só, mas sem ouvir uma censura sequer.

 
Nelson Eduardo Klafke
Enviado por Nelson Eduardo Klafke em 21/10/2013
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