Lua
Tu que cobres as horas usuais
De silêncios, de encantos, com que cinges
As noites desta rua sempre igual
Ó! Musa atemporal, quem te define?
Pulcra esfinge ao olhar n’horas colossais
Com que banha me a face e em prata tinge
Fios sutis de melancolia assaz
À vida que ora passa, nos atinge,
Alegria e tristeza, que alma sinta
Cabe a poesia as vestes de requinte
Quando inspiras tu,Ó Lua a insistir
Num poema que agora não sorri
Mas leve é calmo, cala como um rio
Seguindo o curso, por hoje, mais triste.
Grata á todos pelas visitas
Meu abraço.