Solitude (3)
Oh! Lua cheia, imensa, sobre a praça
da minha aldeia alegre e pequenina,
à beira rio, perto da colina,
no vale que a rodeia, abriga, abraça...
Que beija a relva fina, que se inclina,
a balançar, se a brisa vem e passa,
e a tange com leveza e muita graça,
com tênue luz argêntea, alabastrina...
Iluminada lua, cheia e bela,
que vejo aqui, sozinha, da janela,
a ouvir um urutau cantar por perto...
Ao ver-te assim tão plena, mas sozinha,
repenso o meu devir, a sorte minha,
de carregar, no peito, edaz deserto.
Brasília, 21 de Outubro de 2013.
Livro - ESTILHAÇOS, pg. 21
Oh! Lua cheia, imensa, sobre a praça
da minha aldeia alegre e pequenina,
à beira rio, perto da colina,
no vale que a rodeia, abriga, abraça...
Que beija a relva fina, que se inclina,
a balançar, se a brisa vem e passa,
e a tange com leveza e muita graça,
com tênue luz argêntea, alabastrina...
Iluminada lua, cheia e bela,
que vejo aqui, sozinha, da janela,
a ouvir um urutau cantar por perto...
Ao ver-te assim tão plena, mas sozinha,
repenso o meu devir, a sorte minha,
de carregar, no peito, edaz deserto.
Brasília, 21 de Outubro de 2013.
Livro - ESTILHAÇOS, pg. 21