O QUE NÃO SABE O HOMEM

Por que choras e dizes que não?

Neste teu pranto vivo e abençoado,

Faze-te cinzento, quando chateado,

E torna-te azul na escuridão.

E olhas os homens e olhas o chão,

Que, de egoísmo, multiplicados,

Lhe desprezam e, tu, aí, calado,

Sentes tristeza e solidão.

Por que tuas cores são brilhantes?

Se pouco fazemos em teu louvor,

e dilaceramos teu coração.

Céu, por que teu sol, estrela fulgurante,

e teu luar, prateado e encantador,

podem amar; mas, nós, não?

Fábio Rezende
Enviado por Fábio Rezende em 21/10/2013
Reeditado em 27/09/2014
Código do texto: T4534509
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