O QUE NÃO SABE O HOMEM
Por que choras e dizes que não?
Neste teu pranto vivo e abençoado,
Faze-te cinzento, quando chateado,
E torna-te azul na escuridão.
E olhas os homens e olhas o chão,
Que, de egoísmo, multiplicados,
Lhe desprezam e, tu, aí, calado,
Sentes tristeza e solidão.
Por que tuas cores são brilhantes?
Se pouco fazemos em teu louvor,
e dilaceramos teu coração.
Céu, por que teu sol, estrela fulgurante,
e teu luar, prateado e encantador,
podem amar; mas, nós, não?