Ó Palavra!

Se a gente não se entende eu me calo

Entalo boca e mão e não há talvez

Passam dias e até mês de intervalo

Mas sempre falo: Deixa dessa timidez!

Nem toda vez que quero vens tão forte,

Não das o norte dos ventos lá do sul

Não diz do cinza, do verde, ou do azul,

Não diz dos sonhos, ou nada que conforte.

Como ser forte um errante perdido,

Se em meu sentido não há linhas moldadas?

És tu que fazes minhas letras embaladas,

Vem, ó PALAVRA, fala ao meu ouvido!

Deixa brilhar tua cor que já conheço...

Sem ti, no papel, como padeço.

JRPalácio

JRPalacio
Enviado por JRPalacio em 20/10/2013
Reeditado em 17/03/2015
Código do texto: T4534105
Classificação de conteúdo: seguro