Desgosto
Edir Pina de Barros
Estás tristonho e pálido, sem cor,
o teu olhar mais duro do que rocha,
perdeste a luz, fulgor da rubra tocha,
também o terno encanto, o doce olor.
Silente feito um santo sobre o andor,
nem vês a linda flor que desabrocha,
ou mesmo os belos olhos da cabrocha,
a belezura plena, o rosto em flor.
Quisera despertar-te dessa morte,
que deixa tão desfeito esse teu rosto,
roubando-te a elegância, o fino porte.
Jamais devemos cultivar desgosto,
que tira o nosso rumo, o nosso norte,
e mata as esperanças, não o oposto.
Brasília, 20 de Outubro de 2013.
Livro - ESTILHAÇOS, pg. 23
Edir Pina de Barros
Estás tristonho e pálido, sem cor,
o teu olhar mais duro do que rocha,
perdeste a luz, fulgor da rubra tocha,
também o terno encanto, o doce olor.
Silente feito um santo sobre o andor,
nem vês a linda flor que desabrocha,
ou mesmo os belos olhos da cabrocha,
a belezura plena, o rosto em flor.
Quisera despertar-te dessa morte,
que deixa tão desfeito esse teu rosto,
roubando-te a elegância, o fino porte.
Jamais devemos cultivar desgosto,
que tira o nosso rumo, o nosso norte,
e mata as esperanças, não o oposto.
Brasília, 20 de Outubro de 2013.
Livro - ESTILHAÇOS, pg. 23