De tudo fica um pouco
Ainda na escuridão fica a lembrança da luz
E na rosa apanhada fica o resquício de vida
À sombra do desprezo ficou algo que seduz
Por mais cerrado o sinal há restos da ferida.
E nas palavras ditas há um silêncio que ora
No silêncio refreado há uma voz com graça
E no pó da estrada de ontem é barro agora
O cigarro que queima vai embora a fumaça.
De tudo fica um pouco e fica tanto de mim
Cada palavra que redijo tatuo minha alma
Sou poema que flui depressa e com calma.
E em cada trem que passa, mora a saudade
E no meu hoje restou em mim uma criança
E no cerne do meu medo mora a esperança.
Uberlândia MG
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