REVOLTA
- Vinícius de Moraes -
Alma que sofres pavorosamente
A dor de seres privilegiada
Abandona o teu pranto, sê contente
Antes que o horror da solidão te invada.
Deixa que a vida te possua ardente
Ó alma supremamente desgraçada.
Abandona, águia, a inóspita morada,
Vem rastejar no chão como a serpente.
De que te vale o espaço se te cansa?
Quanto mais sobes mais o espaço avança...
Desce ao chão, água audaz, que a noite é fria.
Volta, ó alma, ao lugar de onde partiste
O mundo é bom, o espaço é muito triste...
Talvez tu possas ser feliz um dia.
A VINÍCIUS
Alma de sentimentos povoada,
Que de pranto se faz tão de repente
E o lirismo do amor n’alma da gente
Vem dos divinos olhos da amada.
Alma oculta na carne desejada
Da mulher de espírito presente,
Dando-se ao homem amado por quem sente
Prazer no corpo e amor n’alma, mais nada.
Ora, onde mora o amor? N’alma ou talvez
Onde a paixão presume a insensatez,
No vão do coração do louco amante.
No corpo a sublimar os doces vícios
N'alma a poetizar como Vinícius
Vivendo o vão momento a todo instante.
- Hermílio -
Ouvir>
-http://www.youtube.com/watch?v=xJeUAYeSRZs
http://www.youtube.com/watch?v=HzYrCfmD1Io
http://www.youtube.com/watch?v=wSvEAw3QG2g
- Vinícius de Moraes -
Alma que sofres pavorosamente
A dor de seres privilegiada
Abandona o teu pranto, sê contente
Antes que o horror da solidão te invada.
Deixa que a vida te possua ardente
Ó alma supremamente desgraçada.
Abandona, águia, a inóspita morada,
Vem rastejar no chão como a serpente.
De que te vale o espaço se te cansa?
Quanto mais sobes mais o espaço avança...
Desce ao chão, água audaz, que a noite é fria.
Volta, ó alma, ao lugar de onde partiste
O mundo é bom, o espaço é muito triste...
Talvez tu possas ser feliz um dia.
A VINÍCIUS
Alma de sentimentos povoada,
Que de pranto se faz tão de repente
E o lirismo do amor n’alma da gente
Vem dos divinos olhos da amada.
Alma oculta na carne desejada
Da mulher de espírito presente,
Dando-se ao homem amado por quem sente
Prazer no corpo e amor n’alma, mais nada.
Ora, onde mora o amor? N’alma ou talvez
Onde a paixão presume a insensatez,
No vão do coração do louco amante.
No corpo a sublimar os doces vícios
N'alma a poetizar como Vinícius
Vivendo o vão momento a todo instante.
- Hermílio -
Ouvir>
-http://www.youtube.com/watch?v=xJeUAYeSRZs
http://www.youtube.com/watch?v=HzYrCfmD1Io
http://www.youtube.com/watch?v=wSvEAw3QG2g