SOLIDÃO

Aonde andará o meu amor agora?

Quem andará fazendo-lhe carinho?

Desde o momento em que ela foi embora

Tem sido escuro o meu caminho!

Nada mais vejo no esplendor da aurora

Nem ouço o gorjear de passarinho!

Vou sucumbindo pela vida em fora,

Morrendo a cada instante um bocadinho!

Às vez ouço um murmurar distante

Na calada da noite inebriante

Mas... é o meu triste e pobre coração!

O mundo é tão pequeno e curta a vida!

O meu amor é eterno, mas fingida

É quem me mata nesta solidão!

Salé, 10-11-1988 às 04hs – LUCAS CANDELÁRIA