PARALELOS


Até quando nos manteremos assim, paralelos,
Mantendo-nos tão distantes, porém tão juntos,
Sem sequer nos tocarmos, a não ser por segundos,
Em nossos corações, se repletos de amores e zelos?

Porque te manténs assim, insensível e arrogante,
Repara bem tua própria fisionomia indiferente,
Enquanto me arrasto a teus pés, humildemente,
Implorando por todo este amor que foi meu, antes.

Hoje tu te postas sempre em tua soberba soberana
Como se nem mesmo eu existisse, como se fosse nada,
E te mostras como uma mera amiga, como minha mana,

Olvidando que percorremos um dia, apaixonados,
Enlevados na juventude, juntos, a mesma estrada
Com recordações para sempre em nossos peitos guardados.
LHMignone
Enviado por LHMignone em 18/10/2013
Reeditado em 26/05/2014
Código do texto: T4531626
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