soneto
eu sou do silêncio
a palavra acordo
no instante: inexato
das horas do tempo
eu calo esta voz
porque sou em mim:
um segredo oculto
que da voz me furta
se quer me escutar
apalpa meus dedos
(deslizam nas teclas
a alma e o coração)
são mágicos toques
de inumano sopro
(Alexandre Tambelli, São Paulo, 12 de agosto de 2011 - 08:28h.)