Sarjeta

Sarjeta

Malditas lágrimas que derramo agora

Desmerecido é o meu pranto por ela

Bem preferia estar velado às velas

Com o corpo inerte e indolor numa cova

Maldito amor que não merece provas

A dor me sova e só me traz procelas

Minha cruz é a culpa e na maior parcela

Impenitente é o amor que me reprova

Feneço aos poucos pra essa vida inglória

Mas aos caprichos dela não dou trela

Me anulo ao amor como uma simples escória

Me entrego à cruz sem zelo nem cautela

Tragar o álcool é só o que me consola

Me ignoro a andar pelas tabelas.